quarta-feira, abril 27, 2005

Billie Holiday


Billie Holiday (1915-1959) ficou para a história como sendo um dos grandes mitos do jazz devido não só (mas também) à forma intensa como viveu, mas sobretudo pela matéria-prima usada nas suas obras: a tristeza.
Face a uma vida pessoal conturbada, que a afectou profissionalmente após os seus primeiros grandes êxitos, Holiday passou a consumir várias drogas nomeadamente a heroína - droga de uso comum entre os músicos de jazz nos anos 40 e 50 – devido ao porte da qual cumpriu oito meses de prisão. Após a sua libertação ainda conseguiu alcançar momentos altos na sua carreira porém, graças ao ininterrupto consumo de heroína, encontramo-la agora num estado de saúde bastante debilitado fazendo com que as suas apresentações públicas passassem a ser escassas.
No entanto foi a tristeza das interpretações desta cantora a responsável por operar a revolução na forma de se cantar a música popular norte-americana. O seu canto, exprimido de forma característica, comovido e melancólico tornou-se num clássico absoluto num repertório que causou sistematicamente controvérsia por causa do seu teor político e social.
Segue como uma das grandes referências do jazz, influenciando trabalhos de cantoras dos mais variados estilos, das quais se pode nomear Marisa Monte, Norah Jones, ou ainda Beth Gibbons (cantora dos Portishead).