sexta-feira, novembro 12, 2004

Chocolate saudável



“Nos séculos XVII e XVIII, o chocolate era considerado tanto um remédio como um alimento, e foram numerosos os tratados consagrados às suas propriedades medicinais. No século XIX, comercializavam-se chocolates medicinais que disfarçavam o sabor, por vezes desagradável, das plantas que eram neles incorporadas.
Até ao inicio do século XX, o chocolate era considerado um alimento reconstituinte quando tomado em jejum, e um auxiliar da digestão se tomado depois das refeições. Curiosamente, a partir da II Guerra Mundial, o produto passa a ser vítima de ideias preconcebidas cuja origem de desconhece.
O chocolate é acusado de causar enxaquecas, acne e prisão de ventre. Apesar de os trabalhos científicos efectuados terem refutado todos estes a proiri, os preconceitos subsistem. O chocolate não causa «crises de fígado» (doença imaginária e puramente francesa) e também não atrasa a digestão se for gordo de mais e consumido após uma refeição copiosa. Muito raramente causa reacções alérgicas. Ignora-se, muitas vezes, que o chocolate preto, particularmente rico em cacau, faz baixar os níveis de colesterol total e aumenta ligeiramente o do «colesterol bom» (o «HDL – o colesterol benéfico», que evita o depósito de gorduras nas paredes das artérias). Além disso, graças aos seus polifenóis, protege os vasos sanguíneos, constituindo um alimento benéfico para a prevenção de doenças cardiovasculares.”

in ABCedário do chocolate de Katherine Khodorowsky e Hervé Robert.