quarta-feira, agosto 09, 2006

Sobre Ele, quando não há tudo que se possa expressar

Crio-as... Destruo-as. São necessárias para me proteger dele...para me entregar... Não lhe sou imune... Aquilo que se escreve dele Sei não ter utilidade... Sei que se mantém enquanto o seu entendimento É apenas incompreensível... Os acessos ao seu reconhecimento Ao tentarem dar-lhe forma, perdem-se em si e na dimensão que o sustém. Assim, ele vai e vem E eu desisto de o moldar...
Volta sempre grandioso, pronto a devolver-me o que de melhor tem Para levar consigo tudo o que ainda possuo.
Dá-me um pouco de vida para após ma retirar para se ir mantendo vivo... Não consegue passar sem mim assim como não consigo passar sem ele, ao tenta-lo expurga-lo recua e fica e espera... Espera até que eu esteja pronto a recebe-lo novamente Para ser alimentado, consumido-me impiedosamente. Assim apresentar-se-á grandioso... e grandioso se há-de manter na afeição que por ele tenho.