Pooch Café
by Paul Gilligan.
"Art is the only serious thing in the world. And the artist is the only person who is never serious." Oscar Wilde
PJ Harvey - "Will's Song"
Mazzy Star - "Blue Flower"
Tori Amos - "Mr. Zebra"
Cat Power - "I Don`T Blame You"
“Wo Hu Cang Long” by Ang Lee.
[“Wo Hu Cang Long” trailer]
“Wo Hu Cang Long” (“O tigre e o dragão”), de 2000 com a realização a cargo de Ang Lee, e “Ying Xiong”, de 2002 realizado por Yimou Zhang, são dois dos mais deslumbrantes filmes sobre artes marciais da história recente do cinema. Para além disso têm em comum o facto de reunir uma série de actores asiáticos mais conhecidos pelos seus desempenhos em filmes de acção, que em ambos os casos demonstram a sua capacidade para desempenharem artisticamente os papeis para os quais foram encarregues. Os filmes encontram-se ainda nas sumptuosas coreografias dos combates apresentados, em ambos os casos desafia-se tanto a imaginação como as leis da física para se apresentarem acrobacias e sequências de luta verdadeiramente soberbas."Ying Xiong” by Yimou Zhang.
["Ying Xiong” trailer]
“Varcharz” by Mouse On Mars.
(2006 / Ipecac Recordings)
“Varcharz” é já um dos bons discos da reentrada musical, habitual nesta altura do ano, que demonstra mais uma vez um grupo capaz em apostar na reinvenção. Trata-se de um albúm que apresenta melodias violentas de modo preciso, que tanto buscam a sua inspiração ao free-jazz como à história da música electrónica abstracta e que, no seu todo, elaboram um conjunto eficaz de experimentação sonora. Violência será a palavra de ordem de um disco que é praticamente todo ele trespassado por densas camadas de ruído criadas tendo como base loops de riffs, baixos com pedais de distorção ou outros elementos menos identificáveis geradores de som; que tanto impulsionam à dança como à contemplação por serem capazes de criarem corpos bem definidos, corpos esses que ainda conseguem ser intrinsecamente intricados por acumularem um vasto arsenal de sons electrónicos. (8,5/10)“Bartleby & companhia” by Enrique Vila-Matas.
Existem prazeres que não se devem negar, existem outros que tem todo o sentido em serem negados. A essência de “Bartleby & companhia” não é com certeza essa, mas é uma das apaixonantes aproximações feitas à negação da escrita de alguns dos autores evocados pelas notas sem texto elaboradas por Enrique Vila-Matas.