quinta-feira, junho 30, 2005

Conta-me


"Bleu I" by Joan Miró

Para todos aqueles que se interessam pela arte do conto, deixa-se aqui o destaque a três sítios da Internet a descobrir. Primam, acima de tudo, por fazer chegar aos seus leitores um cuidado rol de textos e autores, sejam eles grandes clássicos ou grandes ignorados.
A revista portuguesa “Ficções” integra na sua página uma excelente secção de textos. Desenvolve actualmente um projecto pioneiro com o propósito de divulgar o conto clássico e contemporâneo português, através da divulgação de contos e novelas em edição digital integral e fidedigna.
Na língua inglesa destaque para “Zoetrope: All Story” que integra o brilhante conceito de publicar em simultâneo contos de autores consagrados com os de jovens escritores ainda desconhecidos. Esta revista, fundada por Francis Ford Coppola, conta ainda no seu conceito editorial (na versão impressa) com uma notável preocupação com o design gráfico.
Para finalizar, destaca-se ainda a revista digital “Bestiário”. Aqui a ênfase é dado aos contistas brasileiros, portugueses e hispano-americanos; onde podemos ainda encontrar secções que relembram autores esquecidos ou que divulgam os novos.
Estes espaços provam que o género, embora muitas vezes ignorado, não se encontra de todo extinto, existindo ainda muitos autores notáveis a descobrir.

quinta-feira, junho 23, 2005

Earl & Mooch

quarta-feira, junho 22, 2005

Arte que alcançou o 7º lugar


"Danny the dog" by Louis Leterrier

O cinema francês parece querer afirmar, de modo cada vez mais evidente, a sua capacidade de exportar concepções estranhas à sua tradição e dilui-las de forma eficaz no seu contexto. Louis Leterrier com “Danny the Dog” insere-se na vaga não só através da óbvia intenção de criar um filme para um novo mainstream em desenvolvimento (assimilando assim a ideia do cinema enquanto indústria), mas também através do uso de actores e músicos exportados.
O filme narra a história de Danny (Jet Li) que vive prisioneiro numa cave onde não tem qualquer contacto com o mundo exterior. Bart (Bob Hoskins) trata (literalmente) Danny como um cão e serve-se dele para ganhar dinheiro fácil em lutas ilegais que decorrem em clubes elitistas. No entanto um dia a vida de Danny sofre uma mudança devido a um acidente automóvel que o brinda com um passe para a liberdade. No contacto com o exterior conhece Sam (Morgan Freeman), um cego afinador de pianos. A partir daí, Danny envolve-se num universo repleto de valores e sentimentos muito diferentes daqueles que sentira até ao momento.
A música surge aqui como responsável pela liberdade espiritual. A ideia poderia ter sido levada ainda mais longe no entanto, tal como quase todos os restantes elementos do filme, insinuam-se grandes intenções que encontram resoluções que poderiam ser bem mais conseguidas. De facto o filme necessitava de mais languidez e de mais deslumbramento visual sucedendo-se de forma mais fluida. Pode-se pedir isso pois existem momentos em que o é plenamente conseguido, como se pode constatar na abertura do filme. No entanto a sobriedade fotográfica juntamente com a narrativa tornam-se numa maior valia num mundo inspirado pela realidade. Destaque ainda para Jet Li que interpreta a sua personagem de modo bastante sedutor: apuradamente encarna o papel de cachorro abandonado; por vezes desorientado e receoso, outras meigo e curioso, feroz quando as situações o exigem.
Os Massive Attack estreiam-se aqui na feitura de bandas sonoras. Os ambientes criados adequam-se perfeitamente ao mundo criado por Louis Leterrier, se bem que se surgissem mais realçados de certo gerariam um maior envolvimento no argumento de Luc Besson e Robert Mark Kamen.
Danny the dog ajuda a compreender os passos que os realizadores franceses actualmente parecem querer dar: afirmar o cinema Francês enquanto indústria sem que este no entanto perca por inteiro a sua identidade cultural. (6/10)



terça-feira, junho 21, 2005

Bang Bang, Bóing Bóing

"RUBY BLUE" by RÓISÍN MURPHY



Ramalama (bang bang)


Ruby blue


Another suggestion of Blue Red and Dark

domingo, junho 19, 2005

FRASES... DITAS por alguém... SOLTAS para o mundo...



"Devíamos todos ser uma obra de arte, ou usar uma obra de arte."
in "Phrases & philosophies for the use of the young."

"Quanto mais estudamos a arte, menos nos interessa a natureza."
in "The dacay of lying"

"Ser natural é uma atitude tão difícil de manter."
in "An ideal Husband"

"É absurdo dividir as pessoas em boas ou más. As pessoas são ou encantadoras ou aborrecidas."
in "O leque de Lady Windermere"

"A vida é uma coisa demasiado importante para que se possa falar dela a sério."
in "Vera, or the Nihilists"

"Adoro os prazeres simples; são o último refúgio da complexidade."
in "A woman of no importance."

frases usadas no texto "Camp - Algumas notas" de Susan Sontag, tradução de José Lima.

Calvin & Hobbes

sexta-feira, junho 17, 2005

Whiplash rock’n’roll – let’s rave on

"Blue Red and Dark" presents "Pretty in Black"



The astonishing new album from Raveonettes



full-length video for "Love In A Trashcan"


Photo Credit: Stephan Bach



Twilight

quinta-feira, junho 16, 2005

Eugénio de Andrade


Passamos pelas coisas sem as ver,

gastos, como animais envelhecidos:

se alguém chama por nós não respondemos,

se alguém nos pede amor não estremecemos,

como frutos de sombra sem sabor,

vamos caindo ao chão, apodrecidos.





É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

by Eugénio de Andrade

sábado, junho 11, 2005

William Eggleston


"Mississippi"

"William Eggleston described his early inspiration for making color photographs as watching "a continuous ribbon of small, oblong images" emerge from developing machines in photographic laboratories. «Who knows [who] took them, and who knows where, and for what reason. That became probably one of the most useful things... slowly watching these things emerge... It was one of the most exciting and unforgettable experiences as a whole-and educational for me.»"


"Memphis"


"Memphis"

"A native Southerner raised on a cotton plantation in the Mississippi Delta, Eggleston has created a singular portrait of his native South since the late 1960s. His large-format prints monumentalize everyday subjects ranging from a tiled shower to a horse meandering across a field. Although he began his career making black-and-white images, he soon abandoned them to experiment with color technology. The Museum of Modern Art's groundbreaking one-man show of 1976, William Eggleston's Guide, established his reputation as the pioneer of modern color photography."


"Green"


"Greenwood, Mississippi"


Untitled

fonte: The Getty - William Eggleston

quinta-feira, junho 09, 2005

Another flow


"Armonica" by unknown author

1) Tamanho total dos arquivos no meu computador?
Engraçado, pensava que não tinha tanta música armazenada no computador, para minha surpresa encontrei 6 GB.

2) Último(s) disco(s) que comprei:
"Lullabies to paralyze", Queens Of The Stone Age;
"So tonight that I might see", Mazzy Star;
“B-sides & rarities”, Nick Cave & the Bad Seeds.

3) Canção que estou a escutar agora:
"Pilot" de Notwist.

4) Cinco canções que ouço frequentemente ou que têm algum significado para mim:
Esta pergunta é extremamente ingrata. Gosto demasiado de música para, de entre todas as canções que ouvi, seleccionar apenas cinco. Deixo antes referencias a alguns dos grupos que têm bastante significado para mim, que ao longo de vários anos conseguirem sistematicamente reinventar-se e surpreender-me, e sem os quais não consigo passar: Beth Gibbons, Björk, Cinematic Orchestra, Dani Siciliano, Feist, Goldfrapp, Herbert, Howe Gelb, Lhasa, Martina Topley Bird, Massive Attack, Mazzy Star, Nick Cave & the Bad Seeds, PJ Harvey, Portishead, Queens of the stone age, Radiohead, Sigur Rós, The Kills, The Raveonettes, Tricky, Two Banks of Four.

5) Lanço o testemunho a outros cinco bloggers:
Ariel, Cris, rogério nuno costa, Shuukyo & jjori e Tiegas, o Sapinho.

Via Coisas Do Puto, Paixaum >+++'> e SingleWhiteMale.

quarta-feira, junho 08, 2005

Pooch Café

sexta-feira, junho 03, 2005

"De todas as mentiras que nos dão a engolir, que devoramos viciados no conforto, nenhuma é mais insidiosa que a mentira do romance: a noção sedutora, mas infantil, de que existe alguém que nos completa em todos os campos, alguém que nos tornará completos.
A ilusão faz com que não sejamos completos nós próprios, e acaba por nos encorajar a desprezar todas as nossas imperfeições, os nossos defeitos, tudo o que faz de nós humanos, a nossa humanidade, sem a qual não somos nada."

in "Six feet under".