Pooch Café
by Paul Gilligan.
"Art is the only serious thing in the world. And the artist is the only person who is never serious." Oscar Wilde
"Beethoven" by Max Klinger.
“Uma vez que a filosofia, a medicina e o direito estão longe de fazer a felicidade do homem, talvez a arte o consiga. Pelo menos é isto o que pensam os professores membros da Secessão, que em, 1902, decidiram aproveitar-se da 14ª exposição do seu movimento para apresentar em Viena, numa homenagem a Max Klinger, a sua escultura em mármore policromo, consagrada a Beethoven. Na realidade Klimt e os seus amigos vêem em Beethoven a encarnação do génio e na sua obra a exaltação do amor e do sacrifício capazes de trazer ao homem a salvação. Para esta geração decididamente utopista, somente a arte é capaz de assegurar a regeneração do mundo. É pela unificação de todas as artes (Gesamtkunstwerk) que a quimera se tornará realidade.”
“Innocence” by Lucile Hadzihalilovic.
[TRAILER]
“Quixotic” by Martina Topley-Bird.
“Quixotic” foi um daqueles álbuns que passou completamente desapercebido aquando do seu lançamento em 2003. Foi escassa a sua divulgação, a sua distribuição e, lamentavelmente, a apreciação que se fez dele. E até agora praticamente nada mudou. É de lastimar isso visto que a responsável pela sua criação é não só um dos marcos dos anos noventa devido às suas colaborações nas obras-primas de Tricky ("Maxinquaye" e "Pre-Millennium Tension" - que o são por em parte muito deverem às suas vocalizações), mas também porque sempre que se tem a oportunidade de ouvir a sua voz prevê-se à partida que no fim da audição o ouvinte irá sentir-se grato por se ter dedicado à sua contemplação.
“Whip It On” by The Raveonettes.
E porque há discos aos quais se volta amiudadamente por este ou por aquele motivo, fica aqui um olhar do álbum “Whip It On”, o primeiro dos Raveonettes, originalmente editado em 2002.
“Whip It On” foi um dos lançamentos inserido na vaga revivalista do Rock que se iniciou na primeira metade da presente década. Logo à partida o imaginário utilizado desperta a curiosidade e o interesse pelo objecto: o uso das estéticas inventadas nos filmes “Noir” e de “Série B” dos passados anos 50 e 60 tanto na parte gráfica do álbum como nos vídeos. A curiosidade é também espicaçada pelo facto de o álbum ter um som “estereofónico explosivo” e de apenas ser gravado num único tom, um “glorioso si menor"; como se publicita na capa do disco. Sabe-se ainda à partida que na feitura das oito canções se recorre apenas a três acordes, sendo que a duração de cada uma praticamente nunca ultrapassa os três minutos... E depois há as referências musicais a Jesus and Mary Chains e Velvet Underground; e, nas letras, a menção à geração “Beat” da literatura, com Jack Kerouac em destaque. O álbum tem assim todos os ingredientes necessários para se proceder à sua audição, na expectativa de se encontrar aquilo que todas as referências evocam: sexo, drogas e rock’n’roll; com todo o entusiasmo que a ideia contém em si, tudo integrado num ambiente soturno.
Depois ouve-se o álbum, e este passa como um autêntico furacão. O que é sugerido antes da audição é cumprido e os seus quase vinte e dois minutos de duração, sustentados no ruído e na fúria dos pedais de distorção, são dos mais excitantes que se ouviram no ano de lançamento do álbum. Acima de tudo o álbum é isso, excitação... habilmente retirada da densidade de alucinações nocturnas provocadas por estupefacientes e dos comportamentos desviantes que daí advêm, cerebralmente bem pensada e lucidamente bem executada nos dogmas utilizados.
Uma estreia colossal, aonde se apresenta um disco capaz de manter toda a sua intempestividade e coerência no decurso das audições que recorrentemente se farão a ele. (9,5/10)
Sune Rose Wagner
Sharin Foo
Judith II (Salomé) by Gustav Klimt
Foi recentemente adicionada na secção de literatura do "BLUE RED and DARK" uma ligação para Literature.org. No sitio, constam textos integrais de obras de referência de vários escritores clássicos. Podem-se encontrar por lá obras da autoria de Bram Stoker, Emily Bronte, Fyodor Dostoevsky, Honore de Balzac, Mary Shelley, Rene Descartes ou de Voltaire, entre outros... Um sítio para descobrir e dedicar-lhe muito tempo.“The Eraser” by Thom Yorke.
No suplemento Y de 7 de Julho de 2006, do jornal Público, João Bonifácio escreveu sobre o mundo que Thom Yorke construiu até editar “The Eraser”, o seu primeiro álbum a solo. Estamos de acordo com aquilo que é dito... Thom Yorke é possuidor de um talento único e está-se longe de lhe reconhecer a dimensão do trabalho que tem vindo a desenvolver. Tem no entanto a seu favor o facto de ser reconhecido enquanto génio, embora muitas das vezes de forma indolente, mas irá de certo ser alvo de várias análises que posteriormente irão dignificá-lo como merece, tornando-o num símbolo daquilo que a pós-modernidade é, e o impacto que esta provoca no individuo.“London Views” by Stanley Donwood.
"Drácula" by Bram Stoker.
Baseando-se nas superstições propagadas pelas gerações dos povos balcânicos, com origem no personagem histórico Vlad III, Bram Stoker (1847-1912), escreveu no final do século XIX aquele que é considerado hoje um dos clássicos da literatura gótica: o romance epistolar “Drácula”.
"Dracula" by Tod Browning.